Dia 10 de agosto, uma das trilhas top 5 do Mural, a trilha
de Itaparica com 60km e com manguezal de quebra. Estava ansioso por conhecer
esta trilha, todos que haviam feito falavam muito dela. Me sentia preparado
para a minha segunda trilha nível 4.
A resenha começou desde antes quando Elson criou o chat no
WhatsApp, daí fomos conhecendo que iria participar da trilha e as brincadeiras
já começaram…. não aguentávamos mais pesqueiro pedindo a Rei que não esquecesse
da sua coca zero para a feijoada, quanta insistência, rsrsrs
Bem, como todas as trilhas, na véspera sempre muita
ansiedade e verificação da arrumação da bike e de todo o material. Cheguei ao
local marcado no ferry cedinho, pois iríamos pegar a travessia das 06:20h.
Alguns já haviam iniciado a brocação, partiram da casa de Elson e desceram a
ladeira da contorno a mil, com destino ao ferry. Todos agrupados, éramos 13 ao
todo, tiramos as rodas das bikes e embarcamos.
No Ferry o tempo mudou e São Pedro parecia estar disposto a
transformar a trilha em nível 5, caiu o maior toró na travessia. A ilha estava
debaixo d’água, só pensava na travessia do mangue e no lamaçal que nos
esperava.
Chegando em Bom despacho, Elson reuniu o grupo para falar um
pouco da trilha, também um pouco de resenha, da feijoada, e… de novo Pesqueiro?
“E aí Rei, vai rolar a coca zero?
PARTIUUUU!!!!
Pegamos o asfalto a direita logo na saída de Bom Despacho, e
de cara um subidão para aquecimento de todos, mas o visual do mar ao lado era
fantástico. Daí saímos do asfalto com destino a reserva florestal, um lugar
espetacular com troncos, raízes e folhas no chão, subíamos no single track um
estradão quando, parouuu!! Partiu o fixa cabo da bike de Elson. Mandrake logo
tirou da mochila uma cinta plástica e um alicate, problema resolvido,
Partiuuuu. passamos por uma pequena ponte e a parada para foto numa pequena
capela e uma cruz. A chuva já tinha passado e deixou o barro lamaçento e o
clima bastante úmido, com a cara do Mural. O visual e o clima do local era
incrível!!!!
Da reserva com o pelotão de frente brocando pela mata,
seguiamos para um lugarejo na contra-costa da ilha chamado Misericórdia,
passamos pela pequena vila e todos nos olhavam pensando “quem são esses
malucos”, partimos em direção a um pier que adentrava uns 150m no mar. Fomos
todos para a ponta do pier com as bikes literalmente em cima do mar, mais uma
parada pra foto e desfrute do visual, e Partiuuu. Fizemos uma parada num
mercadinho, onde aproveitamos para repor água, fazer um lanchinho e…. laranja.
Alguns aproveitaram para trocar as pastilhas de freio (se eu soubesse o estrago
que a lama faria teria feito o mesmo, pena que não levei sobressalente).
Partiuuu novamente, muita lama, e mais lama… tivemos que
carregar a bike com os pés enterrados na lama em vários trechos, o que tornou a
trilha mais desafiadora ainda. Mais adiante, uma parada para avaliar se
enfrentaríamos o tão esperado mangue. Com o estradão naquelas condições,
imagine como não estava o mangue? Mas muralista, é muralista, e sem mangue é
como se não tivesse feito a ilha, partimos pro mangue…não posso deixar de citar
Guga com a sua bike 29 novíssima estreiando naquele lamançal todo. Falou logo,
“não vou botar a minha bike nova no mangue”. João Pidão também foi junto, “quem
vai pagar minha revisão, e também não botou a bike no mangue, resenha geral.
Todos enfrentamos o mangue com lama, água salgada, raízes,
pântano e tudo o que tem direito. Minha roda traseira derrapava e tinha trechos
que a bike quase que não andava, mas passei bem pelo mangue, não posso dizer o
mesmo de Pesqueiro que quis brocar Rei, logo quem? Caiu e enfiou a cara na
lama. kkkkkkk
Todos esperando (resenha novamente) Guga e João que
atravessaram o mangue carregando suas bikes. E olha que o que não faltou nesta
trilha foi carregar as bikes no lamaçal, alias foi a maior dureza andar com
lama no tornozelo com a bike nas costas, pior que pedalar no manguezal.
Daí partimos para um single track com um descidão. Eu me
aventurei em sair na frente de alguns brocadores, pressão total atrás de mim,
resultado, comprei meu primeiro lote na ilha de vários seguintes, kkkk, mas não
foi só eu, que me lembro foram quase todos, deu pra fazer um condomínio. Fora
os que eu não vi cairam: Pesqueiro, João Pidão, Sabrina, Guga, Alex, Fernando,
Mateus que levou junto Mandrake kkkkkkk, Serjão que teve que ouvir uma das
pérolas de Pesqueiro: “aí Serjão, fez os Alpes e não adiantou nada” kkkk.
Muita lama, carrega bikes, troncos, atravessando fazendas,
pulando cancelas e cercas, muitos single tracks, foi assim o tempo todo a
trilha na ilha. Parouuuu, dois pneus furados de vez, Guga e Alex, parada pra
recompor o fôlego, e Mandrake contando suas histórias com volume máximo
deixando todos surdos, ele ouvia rock com o fone de ouvido e nem percebia o
quanto gritava rsrsrs.
Partiuuu, fomos em direção, na minha opinião, ao local mais
prazeroso da trilha (depois é claro da feijoada na casa do tio de Rei,
hehehehe). A próxima parada foi uma banho de uma bica gigante de uma represa
localizada numa fazenda da redondeza. À sombra de um bambuzal, o banho de água
doce foi fantástico, a queda d’água era demais. Tomamos banho, lavamos as
bikes, passamos óleo nas correntes e Partiuuuuu.
Nesta altura minha bike já não tinha freios e descia as
ladeiras a mil, a lama do mangue parece lixa (dica pra esta trilha: venham com
pastilha zero, e outro par de reserva). Além de não freiar nas descidas, as
molas dos freios não retornavam e fiquei com as rodas travando nas retas e
subidas. Como sempre nas trilhas, contei com a ajuda de Mandrake que mais
adiante destravou as pastilhas da roda dianteira, a traseira só resolvi na
revisão em casa. Pessoal, temos que reconhecer, esse cara é demais!!! Não só
pelo conhecimento técnico, outros também tem, mais por ser tão prestativo!!!
Mandrake parabéns pelo seu espírito!!!
Passamos por dentro de fazendas e em uma específica Elson
pede que façamos silêncio porque nesta um cara costuma soltar os cachorros em
cima de quem entra nas suas terras, já fez isso em outras edições na ilha.
Atravessamos todos em silêncio, sem problema, só que Mandrake por mais que
tente não consegue falar baixo, até susurrando ele grita, kkkkkk. Depois desta
fazenda parouuuu pneu de Serjão furou, mais resenha: “como pode? fez os Alpes e
pneu com câmara…kkkk nem vou dizer quem soltou essa, adivinhem? Durante o
reparo, Pesqueiro estava inspirado, e pergunta a idade de Serjão que disse ser
cinquentão mais que está em cima, daí Mandrake disse que tem 49 e que espera
fazer logo meio século, então Pesqueiro olha pra Mandrake, compara ele com
Serjão e diz: “pô Mandrake você está acabado”
kkkkkk a gargalhada foi geral.
Partiuuu, passamos
pelo leito de um pequeno córrego quando Mateus tentou brocar Mandrake,
resultado, só ouvimos os gritos, os dois se enroscaram e levaram o maior tombo.
Bem, saímos de barra do Gil anoitecendo com as lanternas
ligadas, pegamos o ferry de volta, resenha do passeio no ferry e voltamos pra
casa com o corpo exausto, as canelas cheias de arranhões e luxações, sujos de
lama, mas com a sensação de ter tido um dia maravilhoso. Foi realmente um dia
fantástico! Por mais uma grande aventura, pela superação dos desafios, pelo
visual maravilhoso, e principalmente pela companhia de todos que foram com o
espirito que faz a cara desta grande família, que é o MURAL. BMMP, Plech.
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4 comentários:
Essa trilha é show!! Cada vez melhor!! E pensar que tudo começou com uma trilhilha e churrasco lá em Ponta de Areia hein Elsão!!?
Abraços, parabéns a todos!!
Pois é JP! Essa trilha está no TOP5 do Mural, mas já estou com algumas ideias para melhorar ainda mais! Rsrs.
Plech, parabéns pela resenha!!! Uma verdadeira fotografia da aventura.
Mais uma vez o ponto forte foi a união e a homogeneidade do grupo. Pessoal está pedalando muiiiito!!!
Bora Mural!!!
Dessa vez o mangue tava um mangue rsrrsr Essa trilha é boa demais! E isso ai mural.Ta pensando que qualquer chuvinha nos segura? Aki é Mural de Aventuras!
Trilha show! Isso ae Plech, resenha compatível com e ssa mavilha de trilha que fizemos! Parabéns!
BMMP!
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